Cuidar de uma ferida crônica com recursos limitados é um desafio real para muitas famílias. E um dos materiais mais tradicionais e acessíveis ainda é a gaze de tecido.

Mas você sabe usá-la da forma correta para realmente ajudar na cicatrização e evitar complicações?

Erros comuns no uso da gaze podem grudar no ferimento, causar dor na troca e até atrasar a recuperação.

Nosso novo vídeo é um guia prático e acessível que ensina:
✔️ A técnica certa de limpeza e aplicação.
✔️ Como umedecer a gaze para não grudar na ferida.
✔️ Sinais de infecção que exigem atenção imediata.
✔️ Cuidados essenciais para maximizar os resultados, mesmo com poucos recursos.

O conhecimento é a ferramenta mais poderosa para um cuidado eficaz.

Assista e aprenda a transformar um cuidado simples em um tratamento de verdade

Feridas crônicas de ETIOLOGIA VENOSA

As feridas crônicas de etiologia venosa representam a grande maioria dos pacientes que nos procuram.

Com frequência nos deparamos com situações de pacientes que peregrinam em busca de alívio desse problema que deteriora a sua qualidade de vida.

Frequentemente o tratamento é focado apenas na ferida sem o enfrentamento das alterações fisiopatologicas que está na origem e manutenção dessas feridas.

Neste vídeo, exploramos os principais sinais e achados clínicos das úlceras venosas, incluindo localização típica, características morfológicas, presença de sinais cutâneos de hipertensão venosa.

Uma abordagem essencial para guiar o diagnóstico e um tratamento apropriado e eficaz.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRAFICA DE FERIDAS – O QUE DOCUMENTAR – Parte 1

Neste compartilhamento iniciamos a parte mais prática do documentação fotográfica no acompanhamento do tratamento das feridas crônicas. Aqui destacamos a importância do registro fotográfico por ocasião do primeiro atendimento. Muitas informações podem ser colhidas ao registrar esse momento que dará início à evolução do comportamento das feridas na linha do tempo em função das decisões terapêuticas aplicadas.. Destacamos também o caráter fundamental do documentação fotográfica da topografia da ferida. Há uma correlação fortemente estabelecida entre a ferida e sua localização anatômica. De forma que documentar esses momentos é de relevante importância na tomada ou modificação de condutas. A imagem fotográfica vai além do que podemos memorizar ao longo do tratamento.

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRAFICA em feridas crônicas O INDISPENSAVEL

Depois do vídeo que compartilhamos sobre a história da fotografia no contexta da saúde, tratamos agora dos elementos básicos que precisamos ter para levar a bom termo essa tarefa. Qual equipamento escolher, as questões mais elementares sobre iluminação do ambiente que possibilite a obtenção de fotos que possam realmente ser bem interpretadas, sem as terríveis sombras e reflexos que tornam impossível avaliar com credibilidade a lesão fotografada. Os recursos atuais tornam muito menos oneroso e mais fácil essa atividade. Se, por um lado, não aderimos à ideia de que as feridas possam ser tratadas conveniente apenas através das imagens online, por outro vemos com bons olhos a ajuda que as imagens podem significicar no acompanhamento daqules pacientes que já conhecemos presencialmente, cujas patologias de fundo estão sob nosso criterioso domínio. A fotografia como instrumento de documentação e acompanhamento deve ser parte do nosso arsenal. Cabe-nos conhecer bem esse recurso e saber utilizá-lo com sabedoria e bom senso.

Sistema linfático e edema

O percentual de feridas crônicas que evoluem com edema decorrem de mau funcionamento do sistema venoso e do sistema linfático é muito elevado. A importância do entendimento da circulação linfática e do seu papel no equilíbrio dos líquidos que circulam em nosso corpo não pode ser desconhecida por quem se dedica ao tratamento das feridas crônicas. Como entender drenagem linfática e terapia compressiva sem conhecer a anatomia desse sistema e a dinâmica do seu funcionamente? Neste vídeo compartilhamos a estrutura anatômica básica do que podemos chamar de circulação linfática, desde sua origem nos capilares linfáticos até o seu deságue no sistema venoso.

Cuidados com a pele perilesional

A pele que circunda uma ferida crônica (pele perilesional) e o próprio leito da ferida mantêm comunicação contínua, seja por contato físico direto (exsudato, mediadores inflamatórios) ou por meio de sinais químicos liberados nas margens do tecido lesado.

Ou seja, não se trata de duas áreas isoladas e independentes, mas de um “ecossistema” de cicatrização em que o que acontece no leito (presença de biofilme, degradação dos tecidos, exsudação) afeta diretamente a pelo ao redor – e vice-versa.

A pele ao redor da ferida e o leito da ferida formam um sistema integrado, onde cada componente influencia diretamente a evolução do outro.

Essa compreenção é fundamental para uma abordagem mais eficaz das feridas crônicas, evitando complicações que podem ocorrer quando os profissionais de saúde se concentram unicamente no leito e não dão a devida atenção às características e necessidades da pele perilesional.

Desbridamento autolítico

O desbridamento autolítico é uma técnica utilizada no tratamento de feridas que promove a remoção natural de tecido necrótico ou desvitalizado, utilizando o próprio mecanismo de cicatrização do organismo. Esse processo é considerado um método suave e seletivo, pois permite que o corpo degrade e elimine o tecido morto de forma gradual, sem danificar o tecido saudável.

Como funciona o desbridamento autolítico:

Uso de coberturas especiais: São utilizados curativos que mantêm a ferida úmida, como hidrogéis, hidrocoloides, alginatos, hidrofibras e algumas pomadas. Esses materiais criam um ambiente úmido que favorece a ação das enzimas presentes no exsudato da ferida e, em alguns casos, presentes no curativo e que digerem o tecido necrótico.

Ativação de enzimas: As enzimas presentes no fluido da ferida e em alguns tipos de curativos(como colagenases e proteases) são ativadas no ambiente úmido, ajudando a quebrar o tecido morto.

Remoção gradual: O tecido necrótico é liquefeito e absorvido pelo curativo ou eliminado durante as trocas sequenciais dos curativos.

Vantagens do desbridamento autolítico:

  • Menos invasivo: Não causa dor ou trauma ao tecido saudável.
  • Seletivo: Remove apenas o tecido desvitalizado, preservando o tecido viável.
  • Fácil aplicação: Pode ser realizado em ambiente domiciliar ou ambulatorial.
  • Promove a cicatrização: Mantém o ambiente úmido, que é ideal para a regeneração tecidual.

O desbridamento autolítico deve ser evitado naquelas situações que exigem um tipo de desbridamente mais rápido, tais como feridas com necrose extensa e sinais de infecção que podem progredir para infecção sistêmica. Os pacientes imunodrimidos também podem exigir desbridamento mais invasivo para prevenção e controle de infecção já instalada.

O desbridamente autolítico também pode significar trocas mais frequentes dos curativos no sentido de intensificar e acelerar a ação autolítica. A combinação ou associação com outras modalidade de desbridamento também pode ser uma boa alternativa.

Na maioria dos casos o desbridamento é feito de forma sequencial, a cada troca periódica do curativo, onde vamos verificando o aumento das áreas de granulação e de tecidos viáveis.

Comparativo de Coberturas: Alginato vs Hidrofibra

Na tabela abaixo consideramos as principais características dessas duas coberturas

CaracterísticaALGINATOHIDROFIBRA
Material baseDerivado de algas marinhs marrons (alginato de cálcio)Fibras sintéticas de carboximetilcelulose (CMC)
Absorção de exsudatoAlta (até 20 vezes o seu peso)Muito alta (até 30 vezes o seu pelo
Gelificação (transformação em gel)SIMSIM
Indicações principaisExsudato moderado a abundanteExsudato moderado a abundante
Ambiente de curaÚmidoÚmido
AdesividadeNão aderenteNão aderente
Periodicidade de trocaAté 3 dias (dependendo do exsudato)Até 7 dias (dependendo do exsudato)
Facilidade de remoçãoFácil(não adere ao leito)Fácil(não adere ao leito)
Uso em feridas infectadasQuando associado a antimicrobianoQuando associado a antimicrobiano
Estrutura da coberturaFibra não tecidaFibra tecida
CustoModeradoModerado a elevado

Dermatoporose

O envelhecimento da pele ainda é amplamente entendido como um problema estético a ser “resolvido” no âmbito da cosmetologia. Entretanto,é hoje considerado e amplamente aceito no meio científico como um problema funcional deste órgão que chamamos pele.

O entendimento atual é de que a dermatoporose é uma condição da pele caracterizada pelo envelhecimento cutâneo avançado e fragilidade extrema da pele, tornando-a mais suscetível a lesões, hematomas e lacerações espontâneas. Essa condição afeta principalmente idosos, especialmente em áreas mais expostas ao sol ao longo da vida, como braços e pernas.

Compartilhamos mais detalhes sobre esse novo conceito DERMATOESCLEROSE, inclusive a sua origem em 2007, no vídeo que pode ser acessado neste LINK

Pe diabético – Rachaduras – COMO TRATAR

O tema PÉ DIABÉTICO é recorrente quando se trata de feridas crônicas.

A incidência de lesões que podem se instalar nos pés dos diabéticos é de tal magnitude que o seu estudo nunca se esgota.

Vamos compartilhar nesse vídeo uma dessas situações tão frequente nesses pacientes: ressecamento, rachaduras, calosidades e hiperqueratose na região plantar.

Antes de tudo precisamos entender o que acontece no pé dos diabéticos que leva ao ressecamento da pele. Faz parte de um fenômeno NEUROLÓGICO que conhecemos como NEUROPATIA DIABÉTICA. Infelizmente, essa neuropatia é raramente diagnosticada antes de surgirem as complicações que podem levar a resultados dramáticos, tais como amputações.

Segundo alguns autores A NEUROPATIA É UM EVENTO MUITO ESQUECIDO NA AVALIAÇÃO DOS DIABÉTICOS.

Vamos enfocar em um dos aspectos desse extenso território das neuropatias que afetam os diabéticos.