
Neste espaço desejamos divulgar e compartilhar informações que digam respeito às enfermidades, vasculares ou não, que evoluem com a formação de feridas crônicas cutâneas.
Muito embora essas informações possam ser úteis aos profissionais de saúde, dentro do possível, tentaremos fazer uso de uma linguagem que possa ser também compreendida pelo público leigo interessado nas abordagens que aqui estaremos desenvolvendo ou comentando.
Os constantes avanços no tratamento das feridas, bem como a volumosa quantidade de informações sobre as patologias que as geram, requerem do especialista atualização constante.
De forma que estaremos atentos, dentro de nossas limitações, a tudo o que pode ajudar aos que se dedicam ao tema ou tenham por ele algum interesse.
Por suas próprias características, um espaço voltado para qualquer tipo de enfermidade é sempre um espaço em construção.
Em DEDO NAS FERIDAS não poderia ser diferente.
Escolhemos intencionalmente esse nome para o nosso site porque entendemos que cuidar de feridas crônicas significa quase literalmente isto: por o dedo nas feridas.
Nos tempos de pandemia – COVID-19 – o distanciamento social que nos foi imposto, induziu muitos profissionais à redução e até mesmo ao cancelamento dos atendimentos presenciais. Entretanto cuidar de feridas à distância nos impõe intransponíveis limitações. Tratar feridas por fotografia e reuniões virtuais com câmeras e webcams é, penso eu, uma quimera que só pode ser permitida como exceção e em situações extremas. Pacientes que já tenham passado pelo atendimento presencial e cuja evolução esteja sob controle do profissional assistente podem, obviamente, trocar informações virtuais sobre o andamento do tratamento. Mas, se a ferida apresentar um “fato novo” que possa significar fato relevante, será imperativo uma nova avaliação presencial com um exame físico apropriado. No meu entender!
As feridas exalam odores que precisam ser avaliados. As feridas desenvolvem tecidos que precisam ser eliminados. As feridas podem apresentar cavidades que devem ser exploradas. As feridas escondem segredos que precisam ser descobertos e que podem surgir durante o tratamento. Até porque, regra geral, a ferida não é “a doença” do paciente, é a forma como algumas enfermidades se manifestam e que precisam ser cuidadas.
A título de exemplo podemos listar algumas situações em que o atendimento presencial é insubstituível:
- Lesões que exigem desbridamento instrumental
- Feridas tunelizadas que precisam de compressão e/ou preenchimento
- Feridas com exsudato excessivo e que precisam ser controlados para evitar danos maiores
- Infecção significativa
- Mal odor incapacitante para a vida social
- Feridas com aspecto ou evolução atípicas
- e outras situações similares
Por isso é fundamental que, mantidos os cuidados protocolares para evitar contaminar ou ser contaminado pelo “novo” coronavirus ou outros agentes pandêmicos que certamente surgirão, é indispensável o exame presencial do paciente portador de feridas.
Finalmente, como não somos vendedores, não fazemos publicidade em nossas páginas e blogs. Mesmo quando nominamos algum produto ou alguma empresa, não desejamos nem obtemos nenhuma vantagem financeira. Nossa intenção é compartilhar conhecimento e experiência sem qualquer conflito de inteeresses.